A expansão de projetos sociais é um fator essencial para a mudança de vida da população, mesmo nas áreas mais distantes dos grandes centros. A Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (Vepema), do Tribunal de Justiça de Rondônia, tem promovido esse trabalho por meio do projeto Renascendo pelo Esporte que, desta vez, chegou a uma comunidade indígena.
Recentemente, por meio de solicitação do líder da tribo indígena Karitiana, Cledson Karitiana, o projeto Renascendo pelo Esporte promoveu uma visita na aldeia, localizada na região de Porto Velho. Durante a visita houve conversas com os índios sobre o projeto e a avaliação de demandas para a criação de uma escolinha de futebol.
“Pudemos conhecer a paixão desse povo pelo futebol, e ouvimos os seus pedidos na sua língua nativa. Para nós foi uma aula de preservação da sua cultura. É a centésima unidade que será atendida por nós”, disse o coordenador do projeto Renascendo pelo Esporte e presidente do Sport Club Genus, Evaldo Silva.
Evaldo estima que serão atendidos cerca de 100 indígenas no projeto, na faixa etária de 7 aos 20 anos. “Na oportunidade, deixamos bolas de futebol, de vôlei e de queimada. Posteriormente, faremos a entrega dos kits para treino, como coletes, calção e meião”.
Sobre a capacitação de professores para a escolinha de futebol na tribo, Evaldo Silva ressalta que “será feita a análise de perfil para o trabalho entre os indígenas, onde dois serão escolhidos para a capacitação com os professores e técnicos do programa, para que possam ter noções de iniciação esportiva”.
Em parceria com a Vepema, atualmente são 74 escolinhas atendidas, compreendendo os municípios de Porto Velho, Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste. O projeto Renascendo pelo Esporte atua em mais 21 municípios de Rondônia, contando apoios esporádicos.
“Estamos fazendo a ampliação do projeto de forma gradativa. Vamos buscar parcerias com todas as 23 comarcas do Poder Judiciário, para alcançarmos os 52 municípios do estado”, afirma Evaldo.
Com relação à parceria do projeto Renascendo pelo Esporte com a Vepema, Evaldo conta que “é fundamental, não apenas para adquirir insumos para a fabricação dos materiais esportivos, mas, principalmente, para a qualificação dos participantes e a análise das ações que são cumpridas”.
A primeira tribo alcançada pelo projeto foi da etnia Oro Nao, na terra indígena Uru-eu-wau-wau, localizada nas cabeceiras do rio Pacaás Novos, próximo a Bolívia.